Artigos Indicados




1- Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555. 



Resumo


O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à idéia de eqüidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola.

 Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontar as práticas discriminatórias e criar  alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos  referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais passa a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas.

Nesta perspectiva, o Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial apresenta a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que acompanha os avanços do conhecimento e das lutas sociais, visando constituir políticas públicas promotoras de uma educação de qualidade para todos os alunos.
Trabalho completo disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf




2-EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM ESCOLAS MULTISSERIADAS DO CAMPO NA AMAZÔNIA: UM OLHAR PARA AS PRÁTICAS DOS PROFESSORES 

Resumo:
 Neste artigo tecemos algumas reflexões sobre como está sendo efetivada a política de educação inclusiva em escolas multisseriadas do campo na Amazônia. No contexto das classes multisseriadas do campo, as políticas do ensino fundamental e da inclusão na educação especial se entrecruzam. Como estão sendo atendidas as crianças com necessidades educacionais especiais nas classes multisseriadas do ensino fundamental no campo da Amazônia? Este estudo tem como base dados de uma pesquisa concluída em 2011, financiada pela CAPES e realizada em 21 escolas multisseriadas do ensino fundamental em  dois municípios do Estado do Pará. Envolveu 21 docentes como sujeitos. O foco neste artigo é para os 10 professores que possuem em suas classes multisseriadas alunos com necessidades educacionais especiais. O levantamento dos dados constou de visitas à Secretaria de Educação e às escolas; entrevistas semi-estruturadas com os docentes; levantamento bibliográfico sobre temas sobre educação do campo, classes multisseriadas, educação na Amazônia e educação inclusiva. A sistematização e análise dos dados foram realizadas conforme categorias analíticas e temáticas construídas no desenvolvimento da pesquisa. Entre os resultados deste estudo destaca-se que nas escolas multisseriadas pesquisadas não existe acessibilidade nem condições de trabalho pedagógico para atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais. Não há salas de recursos multifuncionais com materiais específicos e os professores se ressentem da falta da formação continuada. Apesar de existir por parte dos professores um acolhimento dos alunos com necessidades educacionais especiais em suas classes multisseriadas, há casos de alunos ainda fora da escola o que evidencia a ausência de política de educação inclusiva no campo.


Trabalho completo disponível em: http://www2.unimep.br/endipe/1931b.pdf


3-ATITUDES E PREOCUPAÇÕES DE PROFESSORES E OUTROS AGENTES EDUCATIVOS FACE À INCLUSÃO
Joel Santos
Universidade de Lisboa, Instituto de Educação joelpalmasantos@gmail.com
Margarida César
Universidade de Lisboa, Instituto de Educação macesar@ie.ul.pt


Resumo
No século XXI, as sociedades caracterizam-se pela complexidade e diversidade. Também as escolas são caracterizadas como espaços/tempos complexos e diversificados (César, 2003, 2009). Desenvolver práticas mais inclusivas é fundamental para a construção  de cenários educativos que acolham a diferença como recurso valioso para todos (Ainscow & César, 2006; Armstrong, Armstrong, & Barton, 2000). Estudar as mudanças que a formação de agentes educativos promove nos sentimentos, atitudes e preocupações face à educação inclusiva é, assim, essencial (Loreman, Earle, Sharma, & Forlin, 2007; Sharma, Forlin, Loreman, & Earle, 2006). Este trabalho insere-se num projecto mais vasto,  Educação Inclusiva e Processos de Formação, cujo principal objectivo é estudar que sentimentos, atitudes e preocupações apresentam os agentes educativos, antes e após uma formação relacionada com a educação inclusiva. Desenvolvemos este estudo assumindo uma abordagem interpretativa e um design baseado num long panel survey. A sub-amostra deste estudo inclui agentes educativos (N=81), em formação inicial ou pós-graduada, em instituições de ensino superior, da região da Grande Lisboa. Como instrumentos de recolha de dados utilizámos: (1) a recolha documental; e (2) a escala SACIE  –Sentiments,  Attitudes & Concerns about Inclusive Education, de Loreman, Earle, Sharma, & Forlin (2006), aplicada em dois momentos: no início e no final das unidades curriculares seleccionadas. Os dados revelam um ligeiro aumento do número de sujeitos que indicam atitudes mais inclusivas face aos alunos caracterizados como apresentando necessidades educativas especiais, quando se confrontam os dois momentos da aplicação da escala. Revelam, ainda, um elevado nível de preocupações face à educação inclusiva.





4-Inclusão escolar e concepções docentes: do desejo idealizado à realidade prática
Louise Bertoldo Quatrin*
Hedioneia Maria Foletto Pivetta**
Resumo
A ampliação do processo educacional no Brasil possibilitou, nos últimos anos, a inclusão de crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais (PNE)em classes regulares de ensino. Esta pesquisa foi realizada numa escola da rede estadual de ensino de Santa Maria, RS com o objetivo de identificar e analisar quais as concepções docentes acerca da inclusão escolar, além de identificar as maiores dificuldades enfrentadas pelos professores no trabalho com crianças e adolescentes PNE na classe especial e regular de ensino da referida escola. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de um questionário adaptado a 11 professores. A análise dos dados deu-se de maneira descritiva a partir dos dados contidos no questionário utilizado como instrumento de pesquisa. A partir disso, identificou-se que as concepções dos professores a respeito da inclusão escolar denotam a relevante contradição entre as proposições teóricas, idealizadas da inclusão escolar e a realidade em sala de aula. Os professores apresentaram concepções claras, concisas e reais sobre a inclusão escolar, pois ao mesmo tempo em que consideram relevante e  veem  de maneira   positiva  a  inclusão sentem - se despreparados, alguns descrentes e outros desafiados. O contraste das políticas inclusivas Nacionais com a realidade da escola pesquisada é bastante significativo, o que revela a fragilidade das políticas existentes.






5-A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: um meio de construir escolas para todos no século XXI
Dra. Pilar Arnaiz Sánchez
Universidade de Murcia - Espanha
E-mail: pilarnaiz@terra.es

Resumo
Este artigo analisa o conceito de diversidade no campo da educação inclusiva. Inicialmente, diversidade foi entendida como uma inovação na área de educação especial, mas, gradualmente, passou a ser compreendida como uma tentativa de oferecer educação de qualidade para todo(a)s.  A fim de discutir a diversidade, este artigo primeiro coloca o foco sobre o nascimento da inclusão por meio da abordagem de seus fundamentos e, finalmente, discute o sentido da educação inclusiva.


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